A Filha do Sangue

Quando tudo parece estar tomando o rumo certo, um novo elemento aparece
para perturbar a paz da corte de Makrat: San, neto de Nihal, volta à Terra do Sol
depois de um voluntário exílio de cinquenta anos. Learco, que sempre se
considerou responsável por seu desaparecimento, recebe-o como herói e entregalhe
um cargo na Academia dos Cavaleiros de Dragão. Mas San parece estar
interessado principalmente em Amhal. Nunca sai de perto dele, começa a treiná-lo
por conta própria, investiga a natureza ambivalente das suas capacidades,
indecisas entre a sede de sangue e o desejo de tornar-se um dedicado Cavaleiro de
Dragão. E assim, enquanto Adhara e Amhal chegam a um primeiro, sofrido beijo,
Mira começa a ver com desconfiança as manobras de San, a ponto de intimá-lo
publicamente a deixar em paz o rapaz.
A aldeia cheia de doentes encontrada por Amhal e Adhara é só a primeira de
uma longa série: a doença, inexorável e letal, começa a grassar no Mundo Emerso
espalhando a morte por todo canto. As vítimas são humanos e gnomos, nunca
ninfas. Difunde-se então o boato de as ninfas serem as responsáveis pela peste.
A suspeita envenena lentamente o Mundo Emerso. Quarentenas, soldados
chamados a impô-las, terror, comunidades que se desagregam devido ao medo.
Parece que o Mundo Emerso está fadado a pagar pelos cinquenta anos de paz de
que gozou...Em Nova Enawar vem à tona uma perturbadora verdade quanto às intenções de
San. Diante de um Neor aflito, ele confessa. Sim, San mesmo matou Mira, a fim de
tirar do caminho um incômodo empecilho para a sua missão. Porque o que
realmente lhe interessa é Amhal, pois é ele que San sempre quis. E não é só:
bastou derramar uma ampola de sangue infectado no quarto de Learco, para o rei
também morrer. Um presente para o misterioso mandante que lhe confiou a
missão na capital do reino.


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